segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Confiança

Tu… Sim, tu… Será que tu confias em mim? HHHHHHHHMMMMMMM… Não faz mal, se não confiares é normal, eu compreendo. Afinal de contas, confiar em alguém não é fácil… ou até é? Afinal de contas o que é confiança? No dicionário encontrei dois significados para a palavra confiança… 1º Sentimento de quem confia… 2º Segurança com que se procede… Pois muito bem então, “sentimento de quem confia”, é um sentimento… sentimentos não se compram, sentimentos criam-se dentro de nós e são algo que não importa a quantidade que se tenha disponível pode-se sempre dar… e aqui é que muitas vezes reside o problema da confiança. Dar… ou ter confiança em alguém. Isto porque para termos confiança em alguém é preciso dar algo, dar um bocadinho de nós… não ter preconceitos em relação ao outro, conversar, desabafar, mostrar a esse alguém quem nós somos… em quem nós não confiamos nós não damos, fechamo-nos. Por isso é complicado fazê-lo, como se pode confiar em alguém que nunca vimos ou mal conhecemos? Confiar em alguém que pode não ser boa pessoa e um dia magoar-nos… ou não… será que não pode esse alguém ser uma óptima pessoa e fazer-nos um dia muito felizes? Como olhamos uma pessoa que é acabada de nos ser apresentada? Com desconfiança ou com confiança? Com dúvida ou com amizade? Confiar costuma ser algo que é olhado com descontentamento, não deveria ser algo normal em nós? Será que vale a pena confiar? Eu acho que sim… confiar tem sido algo que me tem ajudado a ultrapassar muita coisa… confiar cegamente n’Ele tem me ajudado bué… é nos piores momentos da nossa vida que costumamos questionar a sua presença ou a sua forma de actuar, isto é, quando pomos em causa a sua existência, a sua “capacidade de audição” ou se as razões para fazer o que fez foram as melhores… desconfiamos d’Ele. Quando o meu pai faleceu ouvi muitas vezes pessoas dizerem “Ele não ouviu aquilo que lhe pedi”, “não viu os sacrifícios que fiz”, “será que Ele existe mesmo, se existisse teria me atendido”… a primeira coisa que fiz quando me consegui ver sozinho depois de saber o que tinha acontecido foi virar-me para a cruz… e agradecer… agradeci todos os momentos que passei com o meu pai… na altura não percebi o porquê de aquilo ter acontecido, também não fiquei contente, sofri muito mas nunca questionei… porque confiei. Apesar de tudo confio nele, amo-O sobre todas as coisas e por isso mesmo quando não compreendo, aceito… por que sei que a minha compreensão nunca alcançará os Seus desígnios, é assim que tenho conseguido seguir em frente, a segurança com que tenho prosseguido. Sei que o que Ele faz é feito com toda a sabedoria e amor por nós, por isso… existe alguma razão para NÃO confiar n’Ele?...